''Dizem que viver é uma busca contínua do “Grande Talvez”. O que seria isso? Para muitos, uma busca por coisas supérfluas; para outros, seria o descobrimento de uma razão para se viver. E você era uma grande razão pra eu viver, sem querer colocar clichês nisso, mas essa era toda a verdade. Antes, meus sonhos eram egoístas, totalmente voltados a mim mesma. Depois aprendi a fazer planos coletivos, onde em cada um, você passou a fazer parte. Era o meu tudo, estava no meu pensamento dia e noite. Sonhava com as coisas que construiríamos juntos, as viagens pelo mundo, nos imaginávamos velhinhos conversando sobre tudo que fizemos. Mas algo te mudou em poucos dias e diante de suas ações relacionadas a mim, acabou se tornando nada. Sofri pelo o seu desprezo, pela a sua frieza durante um bom tempo, mas depois percebi que não valeria a pena derramar nenhuma lágrima a mais por você. Não sei se pode perceber que não sou a mesma, nem sei se percebeu que estamos afastados, talvez nem tenha percebido nada. Só sei que não estou triste, muito menos feliz com essa situação, estou vazia. Fiquei perdida num grande vazio que fica ecoando “o que farei agora, aonde irei?”, sem direção, sem destino, desnorteada no meio do mundo que criei para nós. Ainda penso em ti, não negarei, sinto falta do que planejei, de noite ainda penso nisso tudo e dá vontade de voltar atrás e correr para você, mas preciso ser mais forte do que o sentimento que sinto, e até agora estou sendo e continuarei assim. E ficarei na espera da minha verdadeira razão para viver, para completar esse vazio e dar sentido a minha vida novamente.''