Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de
mais nada fazer.
(Clarice Lispector)
NADA A FAZER RESPOSTA INDIVIDUAL
ResponderExcluirDificil falar de amor igual a Clarisse Lispector, mais uma coisa eu aprendi não é o que as pessoas dizem é o que elas fazem que importa, porque estamos sempre em contradição sempre em evolução sempre fazendo o que esta ao nosso limite (o que nem sempre é uma coisa boa) e percebemos que muitas dessas coisas estão fora do nosso controle, por exemplo "a definição do amor é o próprio amor e quem ama mais odeia muito" mais para existir nesse mundo voce tem que amar ou odia ao contrario não se existe (...) Pra mim fazer nada é uma ação para os outros e um estagio de lantencia-estática para si mesmo. Resta um so caminho O DE FAZER A DIFERENÇA
Hamom Ventura Rodrigues dia 5 de maio de 2011
Tu escreve excelentemente bem
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