Há pessoas que querem ser BONITAS pra chamar atenção, outras desejam INTELIGENCIA para serem admiradas, mas existem aquelas que cultivam a alma e os sentimentos e então alcançam o carinho de todos, além de belas e inteligentes tornam-se realmente PESSOAS.







18 de agosto de 2010

O que é Viveer?

É uma questão preocupante?
Você admite carregar uma não-espontaneidade espontânea?
Você admite quase nunca ser o que é, para si mesmo, para outrem? Você admite não assumir seus gostos e vontades, admite quase nunca realizar os seus desejos irrefreáveis (ora vejam!) por medo da desaprovação alheia?
Eu vejo pessoas gabando-se. "Eu sou muito eu!", ou "Se não gosto, falo na cara!". Não creio nisso, na maioria esmagadora das vezes. Somos escravos do senso comum, das convenções, da ética, da moral (não confundir com a abrangente moral cristã, falo da moral dos grupos seletos - ou não - a que cada um de nós pertence, nos mil e um eventos que vivemos).
Há quem pense estar fora disso, há quem pense que consegue fugir ao senso comum. Penso que ser contra a moda é segui-la às avessas. Viver em sociedade é ter seus valores arraigados nas vísceras. E ir contra os valores nada mais é que uma tendência...
Não tenho a intenção de ser muito clara a respeito do que falo, até porque acho que isso tudo ferirá muitos egos por aí, pessoas que pensam, de fato, estar à margem. Pessoas que pensam, de fato, ser autênticas. Não creio mais em autenticidade, creio tão-somente em escolhas, essas sim são ene, essas sim podem nos levar a uma - quiçá falsa - idéia de individualidade.
Até porque se costuma confundir individualidade com autenticidade. Ora, cada um é ímpar, sim, mas dentro de um limite. Sim, somos todos limitados.
Não, não acho perturbadora a sensação de que nada é nosso de verdade. Eu aceitei a minha condição de ser humano livre dentro da prisão que a liberdade também é. Um termo tão controverso, tão aprisionador como qualquer outro termo!  Exigimos liberdade enquanto forjamos nossas próprias correntes, nossos próprios chicotes. E as nossas correntes, os nossos chicotes, esses tornaram-se infinitamente mais fortes que nós. Pensamos estar indo muito longe, mas estamos caminhando em círculos. E pior: pisando em falso. Ora, já que não há outro caminho, eu escolho caminhar bem por ele, reprimindo ou não os meus anseios, como me convier melhor, com quem me convier melhor. Eu não quero ser a filha revoltada e rebelde sem causa, renegando o meu pai. As convenções me criaram, o meio me construiu, eu sou o que sou hoje graças a tudo aquilo que me foi empurrado goela abaixo. Não tem como ser diferente, que vão me desculpar.




Cultura não é liberdade, é confinamento.

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